sexta-feira, 2 de maio de 2014

Até mais ou até nunca mais


"So take the photographs and still frames in your mind
Hang it on a shelf of good health and good time..."


Tenho uma verdade pra vocês: as pessoas vão embora. E não digo isso no sentido de que todas vão morrer, até porque eu não preciso repetir obviedades. Elas simplesmente se vão. Tomam outra direção, abrem mão de lugares para estarem em outros. Conhecem outras pessoas. A lista do pessoalzinho que você ama hoje pode não ser a mesma daqui a cinco anos. Sem incluir família. Ou incluindo, se decidir que as coisas mudaram de um tempo pra cá entre as pessoas que têm o mesmo sobrenome que você. É bom contar, mas tenha cautela e conte devagar, começando por seus amigos do colégio. Alguns estão passeando por aí ainda. Outros nem tanto. Alguns nem se quer começaram a faculdade, outros já estão no doutorado. E as redes sociais só mostram o quando eles são "felizes" (ou demonstram ser). Uns tem telefone, outros moram tão longe que o sinal não está mais funcionando, tsc tsc. Quantos já chamamos de amigo e hoje, se vemos na rua, não passa de um "bom dia" frouxo, sem vontade de parar para conversar? Sem vontade de saber o que o outro faz da vida. Aquela galera que jogava futebol e fazia as traves do gol com chinelos dividem-se entre vivos, presos, casados e... aqueles que não lembramos os nomes. Olha aí, como também vamos embora... Amores pelos quais já choramos. O do primário, o do ensino fundamental, os do ensino médio... os da faculdade. Olhe um pouco para trás. Veja como algumas despedidas não são dolorosas.
A vida é assim: as pessoas vão embora. E é preciso muito cuidado e sensibilidade para cultivar os que devem ficar conosco. Não seja raso e as ame, acima de tudo. E aos que se vão: paciência. A vida é também demasiada curta para choramingarmos pelos que decidiram seguir outro rumo.


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