domingo, 28 de setembro de 2014

Se eu pudesse voltar no tempo

Me perguntaram certa vez o que eu faria se pudesse voltar no tempo por um dia e qual dia seria esse. 

Não consegui responder. Pensei nos dias ensolarados do meu ensino médio, alguns dias da oitava série, o dia do meu primeiro beijo (que eu mudaria para não ser com aquele cara). Pensei em um dia frio que passei no campo, cheia de palavras que eu poderia ter dito e não disse. Pensei no dia que aceitei namorar com o cara mais legal do mundo pra fazer com que ele soubesse que, pelo menos pra mim, ele era o cara mais legal do mundo. Pensei no dia em que terminamos e que eu não agradeci por cada momento. Pensei no dia que passei no vestibular e tive que escolher entre ficar ou me mudar. Nos vários dias que chorei de saudade em casa ao invés de sair para me divertir. E nos vários (e vários) dias que saí pra me divertir ao invés de ficar quietinha em casa, estudando ou chorando de saudade. Eu pensei, e pensei mesmo, nos poucos pedidos de namoro que não aceitei. E nos dias que não tive coragem de olhar nos olhos da pessoa que eu mais queria encarar. Pensei em dias que desobedeci meus pais e que me feri por isso. No dia da minha formatura. Nos dias que deixei de agradecer e nos dias que só praguejei. Se eu pudesse mesmo voltar no tempo, não dá pra escolher um dia só. Só um entre tantos que eu gostaria de mudar ou viver de novo?! É muita judiação. 

Pensei sobre isso por muito tempo e hoje, finalmente, cheguei a uma conclusão. O fato é que eu tive um sonho, e tudo se iluminou. De todos os dias que passaram na minha mente, nenhum deles eu deveria mudar. Foram exatamente do jeito que deveriam ser e, se não fossem, eu não estaria aqui hoje, como estou. Claro que, pode haver um dia crucial, que se eu mudasse, tudo estaria de uma forma melhor hoje. Mas infelizmente, com esse meu azar, eu jamais conseguiria escolher o dia certo. Ou talvez ele nem exista. Ou quem sabe, pode haver um dia pra eu viver de novo e só acrescentar alguns detalhes...

Então, mesmo com toda essa filosofia, eu acabei escolhendo um dia pra viver de novo. Um domingo escuro, em meados de 2009. Eu sei e sempre guardei a data exata. E como não sou de guardar datas, entendi que guardei essa pois sabia, no fundo no fundo, que um dia me perguntariam sobre "voltar no tempo" e eu saberia exatamente o que dizer.

Então, lá estava eu, em pleno domingo a tarde, rodeada de pessoas estranhas em um lugar super estranho com música estranha, esperando por uma pessoa estranha atrasada. Aguardei pacientemente pois sabia que ele viria. Afinal, havíamos combinado o encontro. Nada de jantar a luz de velas, cinema no shopping ou sorvete na praça. Pra falar a verdade, não era um encontro romântico. Era pra ser só um encontro de amigos. Novos amigos. Duas pessoas que começavam a se conhecer. Mas quando eu o vi chegar, o coração acelerou de uma maneira diferente. Não era entusiasmo, nem adrenalina, nem nervosismo... era algo que até hoje eu não consigo explicar. E é por aí que eu queria começar: sentir de novo aquilo que eu nunca mais senti da mesma forma. Tentar entender, analisar cada segundo. Aí então ele chegaria, abriria o mesmo sorriso e eu o abraçaria novamente. Aquele foi o dia em que senti que o tempo pode parar. Eu gostaria de reviver aquela brincadeira de "estátua". E, morando por um instante naquele abraço, eu sentiria mais uma vez que as coisas nunca mais seriam como antes. Pareceria piegas dizer que me apaixonei. Não foi bem isso. Eu apenas entendi naquele dia que sentiria algo além do meu entendimento e que a possibilidade de não haver nada entre nós não estava sob meu controle. Essa sensação se torna um tanto longe quando nos damos por "maduros"... é como se quiséssemos controlar os sentimentos e acreditássemos piamente que podemos fazer isso. Naquela época eu era imatura, não entendia dessas coisas (não que eu entenda hoje) e foi um tremendo baque sentir algo que eu jamais viria a conseguir explicar. Foi intenso. Reviver aquele momento, ter de novo aquela sensação, seria como procurar um antídoto e não encontrar. Eu não quero uma cura para o que senti e ainda sinto. Até procuraria, mas no fundo não quero. Então, se eu pudesse voltar no tempo, eu prestaria bastante atenção em cada detalhe, para tentar reviver em tempos futuros algo que jamais voltou a acontecer. Vivi momentos parecidos, mas nenhum como aquele ou com "ele" . Eu chegaria em casa nesse mesmo dia e anotaria em um bloco de folhas jogado ao lado da cama, cada mínimo detalhe. E, ah...só mais uma coisa: gostaria de sentir de novo aquele perfume, fechar os olhos e entender definitivamente o porque de um dia tão inesquecível na minha vida. Acho que é isso.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O que eu tô fazendo da vida

Hello pessoal! Não sou de postar esse tipo de coisa no blog, mas faz um tempão que estou me dedicando a fazer algumas coisas que amo: ouvir música, ver filme, ver TV, ver vídeos no YouTube e ler! Quando eu estava na faculdade, confesso que fazia esse tipo de coisa com menos frequência, e quando comecei a trabalhar, demorei um pouco pra me acostumar com a rotina. Agora, estou conseguindo conciliar esse tipo de lazer. Daí que eu queria compartilhar um pouco dessas experiências com vocês. Vamos lá?! :)

♪♫ O que estou ouvindo:

Banda Tópaz: essa banda é exatamente do jeitinho que eu curto. Tem um pouco de romantismo, humor e metáforas maravilhosas em cada letra. O estilo talvez não agrade a qualquer um, mas sem dúvida eles tem muito talento! Vai aí uma música que gosto bastante:





Banda Scracho: sim, eu escuto esse tipo de música desde quando tinha meus 15 anos e até hoje não desapeguei. Mais romantismo, bastante letra melódica, mas ao mesmo tempo muita música suave e boa pra dançar e fazer clip musical da janela do busão. haha A música a seguir é praticamente uma descrição do que tô vivendo ultimamente...


Além dessas, tem uma lista bastante extensa no meu iPod, que tá sempre no modo aleatório, porque eu tenho um sério problema de enjoar das minhas músicas rapidamente e depois de uma semana já querer ouvir de novo (bipolar sim, bjs). Então vou fazer uma lista básica aqui:

 Supercombo: conheço desde 2009 e nunca deixei de ouvir. Uma das minhas preferidas :)
 Móveis Coloniais de Acaju: "Sempre foi e assim será...". Móveis é a banda nacional mais querida pelo meu humilde coração. 
Halestorm: o que dizer dessa banda que mal conheço e já considero pakas?! haha Me conquistaram do início ao fim dos dois discos que estou escutando. 
 Zaz: francesa, linda e com uma voz encantadora. Apenas. 
 Tonight Alive: completamente apaixonada pela música "The Other Side" e procurando ouvir as outras com cautela. 
 Matanza: na lista de nacionais que mais curto e escuto, também.

Além dessas ainda tem os clássicos que sempre ouço e nunca deixarei de lado como CPM 22Iron MaidenLegião UrbanaTitãsGreen DayForfunLos Hermanos 3 Doors DownCharlie Brown Jr. (saudade Chorão, volta pra nóis!), The BeatlesDead Fish, entre muitas outras :D


✰ O que estou assistindo - Filmes:

Nesses últimos meses eu tenho cumprido a meta de assistir alguns filmes dos quais escuto falar bem e nunca vi (ou nunca tinha visto). E aí vão alguns que eu assisti:

Entre Nós "Sete jovens amigos escritores viajam para uma casa de campo para celebrar a publicação do primeiro livro do grupo. Lá, eles escrevem cartas para serem abertas dez anos depois. A viagem acaba em uma tragédia após a morte de um dos amigos. Mesmo assim, eles se reúnem dez anos depois para lerem as cartas."
Não sou de filme nacional, mas esse me surpreendeu de verdade.


Hoje Eu Quero Voltar Sozinho "Leonardo (Guilherme Lobo), um adolescente cego, tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel (Fabio Audi) chega na cidade, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade." Um filme doce, delicado e encantador... além de boas risadas e muitas lições.
Questão de Tempo "Ao completar 21 anos, Tim (Domhnall Gleeson) é surpreendido com a notícia dada por seu pai (Bill Nighy) de que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo. Ou seja, todos os homens da família conseguem viajar para o passado, bastando apenas ir para um local escuro e pensar na época e no local para onde deseja ir." É um pouco viajado, mas também trás muitas lições e... ah, eu chorei bastante hahaha.




A Culpa é das Estrelas "Diagnosticada com câncer, a adolescente Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley) se mantém viva graças a uma droga experimental. Após passar anos lutando com a doença, ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio cristão. Lá, conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), um rapaz que também sofre com câncer. Os dois possuem visões muito diferentes de suas doenças..." blá blá blá. Sabem o que mais me surpreendeu?! É o primeiro filme da minha vida excepcionalmente melhor que o livro. E eu chorei pra burro!


A Pele que Habito "Roberto Ledgard (Antonio Banderas) é um conceituado cirurgião plástico, que vive com a filha Norma (Bianca Suárez). Ela possui problemas psicológicos causados pela morte da mãe, que teve o corpo inteiramente queimado após um acidente de carro e, ao ver sua imagem refletida na janela, se suicidou..." blá blá blá. Olha, eu não queria assistir porque um amigo definiu como "nojento", mas depois vi que é surpreendente. Se você nunca ouviu um spoiler desse filme, eu recomendo demais!





✰ O que estou assistindo - TV:

Programa do Jô Meus amigos mais íntimos sabem que um dos meus sonhos é abraçar o Jô. Claro que conhecer, bater um papo ou ser entrevistada por ele também vale, mas o abraço eu não dispenso. Ele esteve internado com pneumonia durante um tempo e passava reprise de programas antigos... quando ele voltou, quase chorei. Carisma e bom humor em um programa simples e divertido.



✖ Tudo Pela Audiência "Apresentado por Tatá Werneck e Fábio Porchat, esse programa de auditório vai fazer de tudo para ganhar a sua audiência!" Muita gente está criticando dizendo que é "puro besteirol", mas como sou muito fã dos apresentadores, tentei ir além e defini como uma bela sátira de todos os "besteiróis". Minha barriga dói de tanto rir e ir lembrando, com cada besteira, de um programa diferente. Eles satirizam os programas do Silvio Santos, do Faustão, Pânico na Band e até a Ana Maria Braga!


✰ O que estou assistindo - YouTube:

Pra mim, o YouTube se tornou um vício. Os canais são bem mais divertidos do que qualquer programa de TV (tirando o Jô haha). Me apaguei a alguns e já sou inscrita, curto todas as redes sociais e inclusive até tenho vontade de conhecer alguns "YouTubers"... aí vão os meus favoritos (que são muitos :P)

♂ Role Gourmet PC Siqueira (queridíssimo) e Otávio Albuquerque são dois lindos que me fizeram ter interesse em canais de culinária. Muito engraçados e carismáticos, fazem desde receitas elaboradas até as mais simples possíveis. Ah, e estão sempre falando de algum assunto interessante durante os vídeos.

♀Maddu Magalhães Linda e engraçada, a Maddu é artista plástica e faz muitos vídeos DIY. Ela sempre diz "é muito simples de fazer", mas eu nunca tentei porque sei que não vai ficar igual ao dela haha. Mesmo assim, assisto todos porque ela tá sempre falando/fazendo alguma coisa engraçada.

♂LubaTV AAAAAH LUBA *-* O Lucas é sulista e primeiramente eu adoro o sotaque dele! Todos os vídeos são interessantes e engraçados, até os vídeos do tipo que eu nunca gosto (por exemplo, GamePlay ou "abrindo presentes e respondendo perguntas"). O que ele joga The Sims 3 é hilário.

♀5incominutos Assisto desde o começo, antes de "virar modinha" (e eu sei que é modinha dizer isso). A Kéfera é simplesmente uma febre e o 5incominutos já virou um dos canais mais acessados do YouTube. Ela muda de estilo com frequência (o estilo dela e o estilo dos vídeos)... recentemente mudou do cenário pequeno-quarto-em-Curitiba para casa-colorida-em-São-Paulo, e fica cada dia mais engraçada. Infelizmente ainda não assisti ao programa que ela tá apresentando na MTV :/

♀Bruna Vieira Confesso que quando comecei a assistir, eu nem curtia tanto. Com o tempo, foi me conquistando de tal forma que até já comprei livro dela haha. A Bruna é uma linda, compartilha muitas coisas legais no blog "Depois dos Quinze" e agora tem feito vídeos do tipo "meu dia-a-dia" que tô amando!

Japandotv O japa é loko. Tipo, loko mermo. Ele faz uns "desafios" que a galera manda pra ele e eu raxo demais haha. É um tal de gritar no ouvido da irmã dele pra lá, comer pó de café pra cá, se queimar com água fervente. Às vezes pode parecer um pouco forçado, mas entendi que é o jeito dele mesmo!

Manual do Mundo Falou de utilidade, falou do Manual do Mundo. Falou de inutilidade, pode falar de Manual do Mundo também! É isso aí... o Iberê e a Mari estão sempre ensinando e testando muuitas coisas legais. Tem receitas, mágicas, pegadinhas, experiências, origamis, e por aí vai...




Além desses que eu descrevi, ainda tem um bocado. Lá vai: 

Maspoxavida (clássico!), 
Landucci (doidinha das ideia), 
Porta dos Fundos (outro clássico),



E se eu continuar, vou ficar escrevendo até amanhã hahahaha (sério).


✐ O que estou lendo:

Eu tenho um sério problema com livros. Sério e grave. Eu tô sempre querendo comprar, lendo e sempre querendo ler. Tá, e qual o problema?! O problema é que, ou eu gasto demais ou eu choro o resto da vida porque não comprei tal livro... outro é que eu tô sempre querendo acabar o livro atual pra poder ler o próximo (psicopata dos livros). Outro é que, sim, eu demoro pra ler. Não sei ler nada rápido. E aí que eu fico louca no final das contas, querendo ler 30 livros de uma vez e não dando conta de nenhum (ou quase). Ok, aí vai a lista dos livros que eu li (ou estou lendo) e recomendo:


Nu, de botas - O Antônio é o meu autor preferido (foi colunista da Capricho e é da Folha de São Paulo) e apesar disso, esse foi o primeiro e único livro dele que eu li (ACEITO OS OUTROS DE PRESENTE). Esse livro trás crônicas e lembranças da infância dele. Foi o único livro que eu cheguei na metade e tive que começar de novo, pra não acabar tão rápido

"Em Nu, de botas, Antonio Prata revisita as passagens mais marcantes de sua infância. As memórias são iluminações sobre os primeiros anos de vida do autor, narradas com a precisão e o humor a que seus milhares de leitores já se habituaram na Folha de S.Paulo, jornal em que Prata escreve semanalmente desde 2010."


O Mágico de Oz "O Mágico de Oz é um clássico indiscutível entre crianças, jovens e adultos. Levado aos palcos e às telas, citado e cantado, lido e relido em todo o mundo, é a mais famosa história infantil da literatura americana." O que eu achei: fiquei feliz de riscar mais um clássico da minha lista, mas o texto é muito mais simples do que eu esperava. Ótimo para crianças.


O Pequeno Príncipe Sim, é o meu livro preferido e eu SEMPRE leio ele de novo. Como diria um amigo, "esse livro você lê em uma ida ao banheiro"... E cada vez, uma lição diferente. "Le Petit Prince é uma obra do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, publicada em 1943 nos Estados Unidos. Numa primeira leitura, aparenta ser um livro para crianças, mas possui um grande teor poético e filosófico."





Quem é você, Alasca? Aoô, João Verde dos infernos! Li "A Culpa é das Estrelas", me arrisquei em "Cidades de Papel" e gostaria muito de dar um spoiler desse livro aqui (mas sou legal e não vou dar). É bom? Não. Te prende? Sim. Dá vontade de matar personagem? Não. Tem algum personagem pra amar? Sim. Enfim, a leitura é mega simples e rápida, quem arriscar, me conta o que achou, beleza? Valeu, Falou.


O Iluminado  Minha mãe quase me matou quando contei que tava lendo esse livro. Mãe é mãe, né? Falou "depois não vem reclamar que não tá conseguindo trabalhar e nem dormir direito... mimimi" e olhem, eu não consegui nem trabalhar e nem dormir direito! Sou cagona né, migos?! Sou cagona e trabalho em um hotel. Sou cagona e ótima pra ter pesadelos. Sou cagona mas não consegui parar na parte em que eu mais caguei. Obrigada, boa noite. "O Iluminado é um livro de horror do escritor estadunidense Stephen King. Lançado em 1977, foi o terceiro livro de Stephen King e seu primeiro best-seller em capa-dura. O sucesso do livro foi tanto que firmou King na carreira de escritor no gênero."



A Menina que Colecionava Borboletas Primeiro livro da Bruna Vieira que eu li e sim, eu quero ler os outros. Linguagem simples, modesta, e com muito sentimentalismo. Ler esse livro me fez sentir a Bruna como uma amiga íntima. Como se ela estivesse me confidenciando coisas pelas quais eu também já passei. Marquei 4 textos que li 200 vezes e até já coloquei um aqui no blog!
Li com uma noite [quando deveria estar lendo O Iluminado - aquilo sobre querer ler 30 livros de uma vez, sim] e até chorei haha. "Bruna Vieira está cada vez mais longe dos quinze, e sabe que crescer nunca é tão simples. Considerada uma das blogueiras mais influentes do mundo, mais uma vez ela dá vazão ao seu talento como escritora com este seu novo livro de crônicas e pensamentos, em que mostra o quanto amadurecer e conquistar a independência é maravilhoso, mas tem seus desafios e poréns."


Na cabeceira e próximos livros:

O Milagre: Estou na página 100 e ainda não sei o que pensar. É intrigante mas eu prevejo que o desfecho será um tanto ruim. E se realmente for, o bom é que eu nem criei expectativas (e nem gastei em vão, até porque peguei emprestado). Ah, e essa capa estilo "pornô romântico de banca de revista" não é nada chamativa. "No livro O Milagre de Nicholas Sparks, conta uma história de Jeremy Marsh um respeitado jornalista que não consegue emplacar um relacionamento afetivo que o faça feliz. Acostumado a viajar pelo mundo à cata de lendas urbanas, Jeremy parte em direção a uma cidadezinha do sul dos Estados Unidos para investigar as misteriosas luzes de um antigo cemitério escravo que teria sido alvo de uma maldição blá blá blá..."



As Crônicas de Gelo e Fogo ANSIOSI-SS-SS-SSÍ-MA PARA COMEÇAR. Comprei o box com os 5 livros em uma promoção relâmpago no Submarino pela bagatela de 50 Dilmas. Já me avisaram que não terei vida social e que acharei melhor do que Harry Potter (o que é muito pouco provável). Pelo tamanho dos livros e pela densidade da história, acho que passarei uns bons meses sem ler outras coisas. Er... até mais, vida!




É isso aê. Pra quem leu até o fim, obrigada!
Pra quem vai ouvir, assistir ou ler alguma coisa que eu comentei, sugiro que me conte! E eu ficarei muito feliz com isso. Pra quem já ouviu, já assistiu ou já leu alguma coisa comentada e tem uma opinião diferente da minha, também sugiro que me conte!
Os textos continuarão e eu estou pretendendo mudar de site, porque nesse blog quase não dá pra comentar :'(

Valeu mais uma vez, beijos! :*

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Boa demais para você - por Bruna Vieira

O texto de hoje é de autoria da blogueira Bruna Vieira que escreve para o blog Depois dos Quinze. E olhem que eu preciso curtir muito o autor pra colocar texto que não é meu aqui no blog! haha

Depois de muito relutar, acabei comprando o livro A Menina Que Colecionava Borboletas que, apesar de um tanto "juvenil", acabou me cativando por ter palavras simples e ao mesmo tempo me transmitir muita sinceridade. Eu marquei 4 textos que li e reli e esse é um deles... espero que gostem :)


"Certa vez me disseram que eu era boa demais para você. Colocaram meu amor a leilão e apostaram que logo apareceria alguém melhor. Um cara que realmente se importasse ao invés de alguém que fica semanas sem telefonar e manda uma mensagem no meio da madrugada, dias depois do último encontro, dizendo que está com saudade. Como se essa palavra fosse a senha do meu coração. Disseram que eu deveria conhecer pessoas novas. Entrar num curso de gastronomia, viajar para Europa nas férias ou ocupar os meus domingos com idas ao parque. Nunca fiz nada disso, pois tive certeza que jamais de encontraria nesses lugares. Passei pelo caminho mais longo só para talvez te ver casualmente saindo da faculdade, fui todas as sextas do último mês naquela balada que nos conhecemos e aos domingos, escrevi e apaguei mensagens que nunca foram enviadas ao som daquela música. Você nem deve saber o nome da nossa música.

Eu sei que o problema não é comigo. É você e esse medo de se prender a alguém e gostar da sensação. Prefere continuar caindo ao invés de descobrir se o paraquedas funciona. Queria que soubesse, mas queria que soubesse antes que seja tarde, nem todo mundo é como o seu pai. Os fantasmas mais assustadores são àqueles que nós mesmos criamos. Já te disse, e repito, sua vida não deve ser uma consequência dos erros que ele cometeu quando você ainda nem podia sentar no banco da frente do carro. A única herança que é sua por direito, além desses lindos olhos azuis, que às vezes me parecem verdes, é o lugar onde você e sua irmã vivem. Agora está escuro lá. Talvez frio. Mas logo vocês descobrem como se liga a luz.

Fico pensando, ninguém te conhece de verdade. Se você os desse essa oportunidade. Certamente, veriam o que eu vejo. Sentiram o que eu sinto. Eles acham que é só mais um caso perdido e vai acabar como todos os outros garotos. Enxergando o mundo na mesma perspectiva até o último dia. Esse não é o seu final. De longe, percebi dia desses enquanto pegava o metrô, todo mundo é só um ponto solitário. Ao seu lado, no entanto, somos dois. Quem sabe, um dia, três. O mistério das reticências combinam com a gente.

Sinto falta das nossas conversas sobre o que já não falo com ninguém. Dos seus desabafos bem no meio da melhor parte do filme. Parece bobagem, mas era bom ter um espaço no sofá da sua sala. Um dia fomos grandes amigos. Os conselhos que deu já me levaram para diferentes lugares. Até que seu ombro passou a ser meu travesseiro mais macio. Eu me apaixonei perdidamente por aquele cara que sabia sempre o que dizer. O problema é que deixamos o amor nascer em um labirinto e agora, nossa antiga amizade, não consegue encontrar a saída. Os sinalizadores estão queimando tudo o que sobrou e você continua olhando para o outro lado.

Essa é a última vez. Antes de me despedir e apertar o botão sem volta, que leva estas palavras até você, aviso. Eu não quero te consertar. Nunca quis. Quero é provar que podemos ser exatamente assim, cheios de defeitos e sem nenhuma garantia. Invisíveis para o resto mundo, mas o suficiente um para o outro."

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Não é você, sou eu

É isso mesmo que você leu. Tô aqui pra te falar o mais clichê dos clichês em términos de relacionamentos: não é você, sou eu. Foi tudo minha culpa. Eu que te olhei diferente e esperei por algo que no fundo sabia que não viria. Fui eu que me interessei por cada palavra sua e disse as minhas na esperança de que você se importasse. Eu que te apoiei em cada decisão certa e recriminei as que julguei erradas. Eu, e penas eu, que senti meu coração fervilhar com a expectativa dos nossos "dias seguintes". Dias esses que eu esperei mais gestos e palavras especiais da sua parte. Sou eu que estou esperando até hoje. Sabe... não foi você. Fui eu que insisti em tocar nos assuntos que você adora e te observar falando deles como se fossem especialmente pra mim. E não eram. Eu que quis aprofundar a análise da letra daquela música que você nem gostava tanto assim, só pra te fazer gostar como eu gostava e só pra [tentar] te fazer lembrar de mim quando ouvisse ela. Não é você não, cara. Sou eu que durmo e acordo pensando em uma maneira de te achar por aí. De topar com você na rua ou na frequência com que eu toco a campainha da sua casa só pra não parecer que tô desesperada pra te ver. Eu que senti demais sem parecer que não sentia absolutamente nada. Talvez, se eu tivesse deixado o meu sentimento claro desde o início, eu até poderia colocar um pouquinho dessa culpa em você. Mas definitivamente não é você, sou eu. Eu que tento te convencer a ser melhor e te olho com deboche quando diz coisas que não me agradam. Eu que, nesse vai-e-vem de acontecimentos superficiais, me aprofundei nos "livros" que diziam e ensinavam sobre você e como te entender. Livros inúteis. Eu devia ter aproveitado todo esse sentimento e essa vontade de te conhecer e já entender de cara que não era pra ser. Não era pra ser nada disso que eu tava achando. Não vai ser nada além dessa realidade que tô enfrentando. E agora eu sei que faço o certo ao me dar conta de que, todo esse tempo, "não é você, sou eu". Sou eu que deixo você entrar todos os dias na residência da minha alma e decorar tudo do seu jeito. Sou eu que me contento em me apaixonar por cada coisa que você faz e ficar proporcionalmente frustrada com as coisas que deixa de fazer por mim. Sei que vai ficar repetitivo, mas de qualquer forma, vou dizer: não foi você que construiu e não é você que tá terminando nada. Não é você que vai ter o trabalho de "desinventar" essa história mal escrita, sou eu. 


E eu realmente não sei de onde vou tirar forças pra isso. Só tenho certeza, a partir de hoje, que será necessário fazê-lo.