quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Não bate essa porta!

"Existe rotatividade." Era isso que eu queria dizer desde o começo da conversa. Sempre existiu e dessa vez não vai ser uma exceção. Eu tentei falar que as coisas não eram bem assim, que ele não devia se exaltar. Mas não deu. Caiu mais uma vez no pranto melodramático de sempre e se pôs a jogar-me todos os argumentos fajutos que eu já conhecia, mesmo que não parecessem os mesmos da última vez. Não sei se é coisa de signo, mapa astral, vida bandida ou o Danoninho que tomo no café da manhã. Eu sou assim, sabe? Não tem como mudar. Vivo intensamente, me apego, sinto saudade sim. Mas quando acaba eu entendo. Acabou e pronto, tá ligado? É a lei da vida. Independente dos X motivos do fim. Não adianta ficar lamentando. Uma vez um amigo foi pra intercâmbio. Ficou fora quinhentos e quarenta e cinco anos e quando voltou, nada entre nós tinha mudado, era como se eu nunca tivesse me afastado dele. Outra vez uma amiga disse que ia ao bar da esquina comprar um refrigerante e não voltou, três semanas depois a vi em uma festa e olhou como se não me conhecesse. E aí acabou a amizade. E por que eu lamentaria? Algumas coisas tem mesmo é que acabar. Sabe a lei do “um morre pro outro nascer”? É mais ou menos isso.
Como cantou a grande e eterna banda Chiclete com Banana “Não vou chorar nem vou me arrepender. Foi eterno enquanto durou. Foi sincero nosso amor. Mas chegou ao fim”. Extremo da baranguice, mas a pura verdade.

Depois da discussão eu já tinha me cansado de ver como algumas pessoas simplesmente não aceitam esse fato. E ele não aceitou de forma alguma. Caramba, que coisa cansativa, não? “Ah Valentina, e quando trocávamos juras de amor? Isso não fez nenhum sentido pra você?”. Poupe-me. Já sabe que fez. Fez enquanto eu ainda me sentia confortável o suficiente pra olhar na tua cara. Agora não rola mais. E não acho as juras tão bonitas mais. Coisa de momento. Não, eu não estou cuspindo no prato que comi. Só estou tentando deixar claro (pela septuagésima décima vez) que você não é mais tão importante. E que isso passa. Vai passar, cara. Vai passar.

Sim, eu já fui diferente. Antes do Túlio, eu achava que tudo devia durar para sempre. Me apaixonei perdidamente pelo João Gabriel no 2º ano do ensino médio e eu achava que ele era meu melhor amigo e um belo dia eu vi ele beijando uma menina loira e desengonçada na festa junina da escola. Chorei perdidamente por exatas quatros semanas e dois dias, todas as noites. Meu deus, qual foi a necessidade disso? Sério. Para e pensa: eu, aos 16 anos (quantos anos devemos ter no 2º ano do ensino médio mesmo? Ah, tanto faz). Eu, na idade que um estudante de ensino médio deve ter, chorando enlouquecidamente por um garoto que mal saiu das fraldas. Tomar veneno era a solução de todos os meus problemas naquela época. E sabe qual a solução hoje em dia? Deixar pra lá. 

“Tem coisa mais importante na vida, Túlio”, tentei argumentar a certa altura do campeonato. Segue a sua vida que eu sigo a minha, ô imbecil. Vai ficar aqui chorando na minha frente pra quê se seus amigos tão ali no buteco tomando uma? Se você tem uma porrada de livros interessantes da sua estante e mais uma porrada tão grande quanto de meninas que gostam de curtir suas fotos no facebook?


Eu não sou tão durona assim. Falei e pensei todas essas coisas aos prantos. Quando é mesmo que eu vou aprender que chorar só deixa a outra pessoa achando que estamos péssimos? Eu não posso chorar sem estar ciente da minha posição perante a situação? 

Ele foi embora batendo a porta do meu apartamento como se não tivesse geladeira em casa. Eu voltei pro meu quarto e comecei a escrever esse texto sobre começo, meio e fim sem dramas. Agora eu  tô bem. De dramático já basta o cara que saiu pela porta. 


sábado, 5 de dezembro de 2015

Conto Sobre Ela

"Sei que a hora é dela
E ninguém mais tem o dever de se importar
Mas nessa fase
A gente perde
Faz de tudo pra evitar
Que os danos que fiz
Sejam pagos por ela também
E se for, mesmo assim eu assumo

Isso é justo"


Você entrou na vida dela meio que sem avisar e outro dia mesmo ela já disse que gosta de te ver sorrindo. Sinto que tem uma queda por você e uma vontade estranha de te salvar de algo que nem você descobriu ainda.

Então, se tiver certeza sobre ela, se aproxima. Mas se ainda tá na dúvida, não deixa transparecer.
Sabe meu amigo, com ela você tem que ser oito ou oitenta. Mas se for oitenta, não precisa ser rápido demais. Pode ir chegando devagar. Não tem pressa de conhecer os segredos dela. Ela vai revelar todos em seu tempo. Vai repetir algumas vezes que não gosta dos próprios pés mas vai pedir conselhos com sapatos. Entende? Ela se distrai fácil demais. Deve ser por isso que não olha tanto nos seus olhos e nem repara quando você compra uma camisa nova. Mas ela sabe distinguir mudanças, pode ficar tranquilo.

É que ela tem preferido tomar sol e observar flores do que remoer amores.



Às vezes ela não te responde. Mas não é por maldade não, cara. É meio que amor próprio, sabe?
Ela estudou demais para depender de recíprocas idiotas. Fez tese de mestrado sobre fingir que nada aconteceu e cê chega todo bobo a abraçando nos dias seguintes.
O quarto dela tava tão arrumado. Tudo muito limpo e sem vestígio de qualquer amor que possa ter passado por ele. Já desinfetou os cantinhos todos. Rasgou todas as cartas não enviadas, doou os livros ganhados e presentinhos idiotas. Organizou tudo só pra ela. Nenhuma lembrança sequer de que já teve alguém a seu dispor. Tava tudo pronto pra uma vida feliz e - mesmo que soe contraditório - solitária. Ela já estava tranquila antes de você aparecer, já tinha aceitado o fato de que ficaria sem ninguém por um longo tempo. Aí cê chega e bagunça tudo assim? Joga umas roupas no chão e deixa seu copo de água na cabeceira dela. Olha, pode parecer estranho estar metendo tanto conselho assim, mas presta bem atenção no que eu vou dizer.
Você precisa ser forte. Principalmente se não for corajoso. Precisa aprender a não olhar tanto no olho, a ser mais duro.
Às vezes o que ela mais precisa é ficar sozinha mesmo. Dê espaço e ganhará confiança. Você vai ver que ela é rodeada de amigos se quiser, mas que ficar só é uma opção de recarga de energia, entende?

Eu espero que você elogie o cabelo e o sorriso. Mas nunca enfatize demais para não parecer forçado. Ela gosta de sinceridade. 

Você não a conhecia antes, não viu muitas mudanças nela. Mas ela é uma pessoa bem diferente de uns tempos pra cá. E agora, ser sincero é o melhor que você pode fazer por ela. Mesmo que isso inclua magoá-la. Seu coração tem um poder de regeneração tão eficaz que é bom não duvidar. Pode parecer frieza. Você pode chamar de indelicadeza se quiser. Mas, sinceramente? Acho que é a melhor arma que ela tem contra aqueles que entram sem avisar.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Madrugada

Acho que devia ser por volta de três ou quatro da manhã. Despertei de um sono profundo, cheio de sonhos incoerentes daqueles que esquecemos dois minutos depois de acordar e vi sua silhueta iluminada pela pouca luz que entrava pela janela. Você sentado na beira da cama (que parecia ainda maior do que aquela que escolhemos juntos), de cabeça baixa e em silêncio. Fiz um movimento rápido com os olhos para fazê-los acostumar a cena e te percebi tremer. Entredentes e pequenos soluços, você chorava.
Não tive uma reação imediata de preocupação.
De uma certa forma, eu sentia que aquilo poderia acontecer a qualquer momento. Esperei um pouco em silêncio e, bem devagar fui me esticando ao seu encontro. “Amor?” – quebrei o silêncio como se tivesse quebrado uma janela com uma raquete de tênis. Você desabou. Sentiu minha mão nas suas costas nuas e chorou como um bebê.
Esperei pacientemente até que você parasse para respirar e me dissesse algo, mas demorou. Demorou demais. Como se nunca mais eu fosse ouvir sua voz. Você estava descarregando tudo. E aquilo precisava e iria sair de qualquer forma.
Foi naquela madrugada congelante, quando eu mais precisava do seu abraço confortável, que você me tirou todos os cobertores. “Acabou” – você disse depois do que pareceu uma eternidade. Permaneci em silêncio mas já entendia sobre o que você estava falando. Observei a sombra de galhos se mexendo na parede, lembrei como você gostava desses efeitos de luzes recém nascidas, calculei mais uma vez o horário (acho que devia ser por volta de três ou quatro da manhã) e finalmente deixei cair uma lágrima também.
Em meados de julho, justamente na mesma época em que tudo começou, eu vi e senti que tudo estava se acabando.
E não foi culpa sua, nem minha. Foi culpa do tempo que calejou a gente. Culpa das nossas eternas cedidas. Cedi meu tempo, meu precioso tempo, para me dedicar a você. E você fez o mesmo por mim. Li todos aqueles livros insuportáveis de ciência, vi os filmes de ação que você tanto gostava, cozinhei jiló no vapor. Quem diria.
Já você, aprendeu a andar de bicicleta e finalmente saiu da confortável zona virtual para entrar em um museu. Tomou sorvete de pistache e provou da cerveja de chocolate que tanto amo. Cedeu o lado direito da cama só pra me ver feliz. Pesquisou sobre nossos signos e parou definitivamente de fumar. Deixei de ser chata e permiti que você ouvisse seu rock enquanto eu lia meus romances-mamão-com-açúcar. E você começou a topar todos os meus convites para programas ao ar livre. Inconscientes, nós mudamos. E, de repente, quando tudo parecia ter entrado em harmonia, começamos a querer nossas antigas vidas de volta.
Eu percebia seu semblante impaciente com meus programas de culinária na TV mas ficava proporcionalmente nervosa quando descobria que você havia decidido o cardápio de domingo sem ao menos me consultar.
Assim, ao invés de nos completarmos, passamos a ser um peso um na vida do outro. Percebi que o cara que tanto lutei para que fosse meu, de uma hora pra outra só queria ser dono da própria vida. Queria voar sem ninguém na torre de controle. Queria voltar a ter suas próprias certezas. E tinha certeza de que odiava cerveja de chocolate, museus e filmes de comédia romântica.
Eu achava engraçado quando você associava os raios de sol e as ondas do mar à nossa vida juntos. Que nenhum momento era igual ao outro mesmo que nós continuássemos os mesmos. “Eles são sempre os mesmos, mas o movimento do mar e os raios do sol estão em constante mutação – assim que nós e nossos momentos juntos”
É, acho que você estava errado.
Você foi sol que deixou de ser e eu, o mar que mudou de essência.
Demorei para aceitar isso, mas depois da limpeza que você fez nos cômodos da casa, já começo a perceber que precisávamos aprender um pouco mais sobre nós mesmos para só depois nos dedicarmos a alguém.
Estou estudando mais sobre meus gostos, tentando entender essa mania idiota de deixar as pessoas falando sozinhas e pensando um pouco sobre como me adaptar melhor ao novo trabalho. Espero que você esteja tentando fazer algumas análises também. O tempo é todo nosso agora. Vamos usá-lo da melhor forma possível.
Faz um trato comigo? Quando você estiver preparado, volta. Ou procura alguém que te faça melhor e mais feliz. Que faça você se sentir bem sendo você.

Eu prometo fazer o mesmo.

domingo, 8 de novembro de 2015

Vamos tentar?


Quando você passa a observar mais as coisas que tem do que as coisas que [acha que] precisa ou quer, vai perceber que tem muito mais a agradecer do que a pedir.
Vai parar de observar o que outras pessoas tem e o que poderiam ter feito por você para ser generoso e fazer por elas sem esperar reconhecimento.
Vai perceber que, ser honesto é uma opção tão digna para dormir com a consciência tranquila que nunca mais terá dores de cabeça.
Quando você passa a dar o seu melhor, percebe que o resultado pode ser fraco ou mediano, mas que sempre te mostrará que valeu a pena não ter feito menos do que o melhor.
Passa a tomar dores de pessoas que ama, mas sabe que se imaginar no lugar delas é o máximo que pode fazer para ajudar e que só elas, assim como você, são capazes de resolver seus próprios problemas internos.
Quando você observa tudo o que tem, entende que ser feliz é pura e simplesmente uma questão de escolha. Mesmo que isso inclua deixar as coisas que [acha que] precisa ou quer, um pouco de lado.

Acho que 2015 foi um dos melhores anos da minha vida, pois eu definitivamente passei a enxergar mais as coisas que tenho do que as que preciso. 


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Apaga e acende


"Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá
Vamos viver
Temos muito ainda por fazer 
Não olhe pra trás
Apenas começamos
O mundo começa agora
Apenas começamos..." 

Ontem no trabalho tive uma das provas mais concretas de que começo a conhecer a vida adulta. Sabe quando a ficha cai? Então. Precisei apresentar um comprovante de residência. E esse comprovante, pela primeira vez na vida, continha meu nome completo e uma quantia a pagar que eu mesma, com o dinheiro que tanto suei para conseguir, quitei. 
2015 vai chegando ao fim (CARAMBA, JÁ?! POIS É.) e eu me sinto oficialmente em fase de transição para a vida adulta (calma que ainda acho que não cheguei lá).
Há de se levar em conta a imensa gratidão que tenho aos meus pais, que me dão o mais amável e completo apoio e coragem para seguir em frente. Sem eles, nenhum pedacinho de tamanha satisfação seria possível.

Venho me conhecendo e percebendo cada vez mais que definitivamente eu, e apenas eu, sou responsável por minhas escolhas.
Vamos a alguns exemplos: decidi recentemente que farei todo o possível para ser trainee na área profissional em que venho trabalhando; recentemente descobri um novo amor (que mesmo não fazendo a menor ideia e nem ligando para o fato de se dará "certo", estou adorando) e finalmente, depois de 2 anos decidindo local e desenho, marquei a data da minha primeira tatuagem (que já é essa semana!). Ou seja: minha profissão, meu coração e meu corpo, minhas regras e decisões. E olha, preciso confessar que ainda dá um certo medo sim!

Sempre escuto meu pai (como bom psicólogo comportamental) falando sobre reforçamento positivo e acho que, o maior reforçador que posso ter sou tudo que decidi e todo o esforço que faço para ser melhor (pois isso me melhora de verdade).

Houve um tempo em que tudo era motivo para dúvidas:
"Será que assim vão gostar?"
"Será que devo agir dessa forma?"
"Será que um dia poderei decidir?"
"Quando farei isso sozinha?"
"Apesar disso, será que serei feliz?"
E hoje percebo que nenhuma certeza é concreta se um dia não houve dúvida.

Ontem li um texto que diz: 

"Depois dos 25 tudo fica mais apressado, mais estressante e importante. O tempo parece correr contra você e a vida, afoita demais, te passa várias rasteiras. Mas, em contrapartida, você aprende a levantar com graça, recuperar, reorganizar, sossegar e esperar pra ver. Agora, nessa altura do campeonato, você sabe exatamente o que não quer da vida, mas continua sem muita certeza sobre o que exatamente quer. Você aprende que ter grana, beleza e status contam muito no mundo, mas que não deveriam contar..."

Ainda não cheguei aos 25 mas, entre uma economia que faço para abaixar o valor da conta de luz e um esforço maior no trabalho, entre a escolha de um almoço saudável e um fim de semana viajando sozinha e até mesmo entre uma roupa e um acessório diferente, vou percebendo que a vida adulta está cada vez mais próxima e que não há motivo nenhum para temê-la. 



sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Voar e Sonhar - por Messias Tomaz

Bom dia internautas! Hoje acordei e li um belo texto de autoria do meu pai, psicólogo e apoiador direto, Messias Tomaz.
Foi tão importante para o que estou sentindo esses dias que gostaria de compartilhar aqui no blog. Espero que gostem :)

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Meu avô, já dizia: "Catitu, não é pássaro de gaiola..." 
Embora muito atento a suas palavras e ensinamentos, eu discordo plenamente e penso que nenhum pássaro é de gaiola.
Na minha infância, vez por outra, sonhava que estava voando. 
Quando dizia aos pais sobre os meus sonhos, eles me diziam assim: "Criança é assim mesmo, vive sonhando, isso deve ser porque você está crescendo"
Não sei se estavam certos ou errados, só sei que o sonho me deixava feliz demais. 
Hoje, minha amiga Regiane me perguntou: "Você engoliu um palhacinho, no café da manhã?" 
Eu fiquei sem resposta. Então ela me explicou: "É porque estás muito alegre hoje!"
Quando sonho que estou voando, sempre me sinto assim: alegre. 


Certo dia no meu trabalho, Sr. Mário me trouxe um tubo de descarga. Era um escapamento de um ultraleve. Aquilo me chamou a atenção. Fiz o serviço solicitado, mas fiquei curioso demais. Então, na hora de entregar tal serviço, não me contive e perguntei: "Mário, você voa?"
E ele disse: "Sim, sou piloto de asa delta e também de ultraleves. Você já voou?" 

Eu respondi: "Só em grandes aeronaves, mas parece que não tem graça, não é?"
Ele disse: "É, em grandes aeronaves você não se sente um pássaro. Os pássaros provavelmente cantam porque voam!"
Fiquei encantado, e logo fui pedindo uma carona. Queria realizar um sonho de criança.
Mário prontamente me ofereceu este primeiro voo.
Foi indescritível. Fantástico ver a BR bem de cima, o trânsito, os rios, lagoas, matas, prédios, e até um estádio de futebol, com times em treinamento. Como é bom! 
Quando olhamos as coisas só por cima, temos a impressão que somos maiores que todos! 

Aí me lembrei do primeiro palhaço que vi. Era um senhor sobre pernas de pau, mais alto que as árvores. Confesso que quase morri de medo. Não de ver uma queda, mas do palhaço mesmo.
Como seria sua visão com relação às crianças, aos adultos, aos adolescentes e aos que, por um motivo ou outro, não poderiam estar ali no seu lugar? Como seria manter o equilíbrio e ao mesmo tempo usar seu megafone? Lembrar o texto do anúncio do circo? Cantar e alegrar aos pequenos e à todos, ainda menores, por ele estar no alto, no "altão"? Como contamos depois da experiência de vê-lo, no "altão"?
"Não sei, só sei que foi assim...", já disse Chicó no filme 'O Alto da Compadecida'.

É muito bom, voar, sonhar, viver, mas saber que quando olhamos as coisas acontecendo, lá de cima, bem de longe, não devemos, em nenhum momento, concluir que somos maiores, melhores, mais, nem menos inteligentes que os outros...

Obrigado, Mário, pelo voo! Mesmo com tantos outros, minha adrenalina ainda sobe!


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Obrigada pelo texto, pai. Me fez refletir sobre muitas coisas que tenho vivido. Sonhos, planos, grandeza e realizações. Muito em breve farei uma bela homenagem aos pássaros de nossas vidas.



terça-feira, 8 de setembro de 2015

Dá Pra Ver o Céu


“O tempo às vezes é muito amigo, muito claro
Os amigos já são raros
Mas me levam pela mão
Se perde muito tempo em busca da felicidade
Mas viver só de saudade
Nunca foi nenhuma solução..."



_ E o apartamento novo? Tá gostando?
_ Dá pra ver o céu.

Desde que mudei de cidade, milhões de coisas mudaram dentro de mim.
A começar pela minha visão das pessoas. Claro, saí de uma cidade de 70 mil habitantes para uma com 1,5 milhões de pessoas que zig-zagueiam por aí.
E quanto mais conheço pessoas, mais conheço a mim mesma.

Um fato que eu considerava irremediável é que tenho medo do escuro. Quando me deito a noite, tomada pelo cansaço e por todos os pensamentos que me atormentam, percebo que, em meio a uma cidade repleta de prédios e muros de concreto, eu consigo ver o céu. E é com ele iluminando meu quarto, que apago a luz do abajur sem temer o breu e vou dormir tranquila. Dá pra ver o céu.
Assim, alguns meses após a mudança, comecei a encarar todos os meus medos de uma forma mais leve.
Percebo que consigo ser mais corajosa e definitivamente passei a odiar pessoas muito medrosas.
E não falo só do medo do escuro, medo de violência ou fobias no geral.
Falo do medo em todas as suas formas.
Medo de cair.
Medo de subir no salto.
Medo do passado
Medo de sorrir. Medo de morrer.
Medo de assalto. Medo de se reerguer.
MEDO
Medo de quê?

De olhar nos olhos, de recomeçar.
De errar o passo e voltar a dançar.
De abraçar, cativar e depois precisar cuidar.

Se dá pra ver o céu da minha janela e encarar o antigo medo do escuro, preciso passar a ver o céu em todos os lugares por onde for. Se preciso, levá-lo comigo.

Quer que eu te mostre alguma estrela que você não consegue ver daí?

Vem Pra Cá

Ele, que tantas vezes suplicou por silêncio, ontem teve pesadelos e vagava pelo apartamento vazio às três da manhã, se incomodando com o motor da geladeira. 
Só queria ela ali. 
Ela e aquela mania idiota de rir dos defeitos dele sem nunca o deixar envergonhado. 
Ele tinha certeza de que ela riria dele naquele momento. 
E é isso que o fazia a querer ali. 
Será que ela conseguiria fazer uma mudança? Ele ajudaria a carregar as caixas. 
Ficou com saudade de dividir algumas coisas que eu só dividia com ela. 
A boca da garrafa de cerveja, o talher, o sofá, a TV, o degrau da escada, o travesseiro, a cama de solteiro. 
Enquanto vagava, ele se odiava. 
E ela iria rir tanto dele que ele se questionava o porque de se odiar assim, já que ela conseguia o fazer rir até quando estava triste. 
Ele se odiava por conta dessa mania inquieta de sempre querer ir embora dos lugares. Lembrou do dia que quis ir embora de onde morava, perguntou sua opinião e ela espondeu sem titubear um grande e belo “vem pra cá". 
Será que ainda dava tempo? 
Sabe, ela ainda o aceitaria? 
Ele sentia saudade! 
Será que precisaria vagar de novo?! Queria tanto que ela o aceitasse. 
Quanto tempo? Quis saber. Iria riscar o calendário. 
A esperava para uma visita na próxima semana. 
Mas teve medo de ainda precisar esperar mais de um mês, dois ou três. 
Teve medo de ter que esperar uma década talvez. 
Porque ele sentia uma puta vontade de ir embora de novo. 
Mas dessa vez queria ir embora de si. 
Será que ela o aceitaria?


Da janela

Nós nos apaixonamos pelo olhar.
Ele sorriu e eu retribui.
De cara já planejamos tudo: 
Eu compraria as alianças e ele alugaria nosso apartamento na Savassi.
Eu escolheria a raça do nosso cachorro e ele compraria os copos de cristal.
Eu decoraria nosso quarto e ele decidiria a cor no sofá.
Mas o sinal abriu e o ônibus dele arrancou antes que eu visse pra onde ia.
E aquela história de janelas entrou pra minha lista de casos de amor instantâneos. 


Inquietude


Tenho inquietude noturna
É de noite, no silêncio e no escuro
Que as ideias surgem, uma a uma
Já disseram diversas vezes
Tenta dormir cedo, pra não cair no sono pelas paredes!"
Não dá
O coração acelera e a mente também
O escritor em mim aproveita e aprecia
O que não há durante o dia:
O único momento em que os dois brigões entram em harmonia
Se o coração é dor, a mente cuida com o que sabe sobre amor
Se o coração é vontade, a mente concretiza com vaidade
Se o coração planta a semente
A mente [finalmente], escreve o que ele sente.




sábado, 29 de agosto de 2015

Vigésimo Andar (Ou "Ciclo")

¨Sentir perder
Reconstruir
E caminhar pro que virá...¨ 

O despertador tocou às seis da manhã. Ele abriu os olhos, desligou o aparelho automaticamente e olhou para o lado. Uma fresta na janela permitia a entrada dos primeiros raios de sol e os mesmos iluminavam a face de uma moça adormecida. Ele a olhou com admiração e não conseguiu evitar um sorriso. Era ela. Por um instante quase não acreditou. Esfregou as mãos nos próprios olhos e passou os dedos com cuidado no topo de sua cabeça. Sim, era ela e não havia a possibilidade de ser um sonho. Tanto não havia essa possibilidade que ele caiu em si instantes depois, levantou tentando fazer o menor barulho possível, pé por pé foi ao banheiro, vestiu o resto de roupa que lhe faltava, pegou a mochila, colocou a boina amassada, olhou mais uma vez para a cama, disse um adeus entredentes, sorriu novamente e abriu a porta.
Estava no vigésimo andar. O corredor era tão silencioso quando o seu coração, com a incrível coincidência de conter todas as portas trancadas e uma única recentemente aberta. Ele caminhou com precaução. O andar era um campo minado. Qualquer um que o encontrasse ali se espantaria com sua presença. Por isso ele escolheu as escadas e evitou o elevador. Ninguém desce aquela escada escura e assombrada. Só mesmo quem pretende fugir de algo. Não que ele quisesse fugir. Precaução seria a palavra certa. Desceu com calma. Saiu pelo portão do prédio e seguiu a rua deserta. 

Naquele momento, absolutamente nada passava por sua mente. O recente despertar e a atual leveza de sua alma deixavam para trás todos os pensamentos. Desde o dia da semana e o horário até o seu último sobrenome. Nada constava. Todos os arquivos repousavam em algum lugar esquecido da mente e voltariam assim que ele desse conta de que precisava ir para o trabalho naquele mesmo dia.
Quando foi mesmo a última vez que sentira aquilo? Ou será que ele nunca tinha sentido?
De qualquer forma ele compreendeu que é preciso tempo e paciência para receber de cabeça aberta e compreender algumas sensações. E coragem para aceitar que boa parte delas só nos encontra quando permitimos.
Ele sabia que fechara muitas portas nos últimos tempos. Sentia arder algumas cicatrizes recém-formadas. Ainda se emocionava com aquela música de 2 minutos e 56 segundos. Desenterrava o passado relendo todas as pequenas anotações do bloco de papel socado no meio das tralhas na primeira gaveta do guarda roupa. Mas mesmo em meio a um certo descontrole, meditava pela manhã. Tomava agradecido os primeiros raios de sol sentado na grama do prédio e orava. A última atividade por conselho da mãe.

Ele acreditava no ciclo de coisas boas que a vida dá se você permite. Ele permitiu e a vida o fez perceber. Teve desejos intensos os quais realizou, aproveitou e viu, não muito contente, o fim de cada um deles. Mas surgiram outros tão rapidamente que ele não teve tempo de lamentar os passados. Ela foi um desses desejos. E ele a teve. Mas era a hora de dizer adeus.
Mais um ciclo sem encerrava e ele se sentia grato por tratar a situação com delicadeza e principalmente com um sorriso no rosto. Sempre achou desnecessário que pessoas inocentes sofressem com o seu mal humor. Aprendeu a ser discreto até mesmo ao sofrer. E assim, sorrindo ou chorando, ele sentiu que mais uma vez seria capaz de continuar. Independente de qual fosse o caminho que tivesse a seguir.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Redoma

"Where there is desire there is gonna be a flame
Where there is a flame someone's bound to get burned
But just because it burns doesn't mean you're gonna die
You gotta get up and try, and try, and try..."


Não vim ao mundo pra sair ilesa e não me machucar.
Já está decidido: sei me recuperar.
Disse o querido Antônio Prata: "...pra viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder." 
Se tô aqui, é pra tentar, acertar e errar. E não importa quantas vezes eu precisarei tentar e assim conhecer diversas formas de não fazer até chegar ao certo. Se é que o certo vá ser tão certo assim. Ninguém é perfeito.
O pensamento de criar redomas em volta de si com o intuito de se proteger após uma decepção agora é tido por mim como uma inútil e irrefutável besteira. Não posso fechar meus olhos se todas as coisas boas esperam que eu esteja de olhos bem abertos para enxergá-las (tudo bem que as coisas ruins também, mas já não quero evitá-las).
Não posso me trancar nesse mundinho que criei toda vez que algo der errado.
Preciso reordenar os móveis, fazer faxina periodicamente e dar o sinal verde para que tudo, sem exceção, possa caber aqui dentro. Qualquer coisa há de trazer complemento ao que já tenho.
Esse "mundinho" tende a crescer. E não, eu não quero mais trancá-lo. Quero tirar o pó cantando "Who Knew" da P!nk (e dane-se que isso pareça um tanto quanto brega), jogar perfume floral nos cantinhos, deixar o almoço queimar e até bater o dedinho na quina do sofá.
Já está decidido: quero que tudo aqui aconteça.
Afinal, não vim nem criei esse mundo para sair ilesa.


"É preciso que eu suporte duas ou três lagartas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas." - O Pequeno Príncipe 

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Cotidiano

Tenho exatamente 15 minutos para tirar esse texto do papel.

"Respirar parece uma coisa óbvia, mas você não está se sentindo melhor agora? Respire fundo mais uma vez, inspire bem profundamente pelo nariz, e sinta o peito subir. Segure a respiração por alguns segundos depois solte o ar superdevagar. O.k., então vamos continuar."
(1 página de cada vez - um diário diferente)

Continuar. Muitas vezes exige tanto de mim e ao mesmo tempo é algo tão natural.
Tem dias que eu acordo e fecho os olhos de novo torcendo inutilmente para o tempo voltar ou pra voltar naquele sonho maneiro. Hoje eu os apertei bem e lembrei que algumas coisas mudaram essa semana. Lembrei que fiquei mal e tive que recorrer ao poder da amizade. Lembrei que é inútil lutar quando algo não é seu de verdade. Que é preciso deixar bons momentos pra trás. E eles naturalmente ficam pra trás. Cinco minutos depois o despertador lembra mais uma vez que simplesmente preciso me levantar. Mais um dia nasceu. Aprecie o poder da vitamina D. Prossiga.
"ANDA, LEVANTA!"
"Ok, ok, já estou de pé. E agora, o que eu faço?" - travo um autodiálogo
"Vai tomar um banho. Ei, não esquece do perfume. Ore antes de sair."
Lavo a louça, a roupa, o banheiro. Vou à mercearia da esquina. Faço o almoço, passo a roupa.
"A maquiagem está bem ali, viu? Ali oh..."
Ouço mais uma vez aquela música.
Vejo a conta de luz esperando ao lado do forno elétrico que ainda não foi comprado.
"Tudo bem, ela não venceu."
"E agora?"
"Agora desce e espera o ônibus. Você ganha bônus se não se atrasar para o trabalho, lembra?"
Certo.
Ligo a música nos fones de ouvido e, como num passe de mágica, aqui estou eu, continuando.

- Terminei o texto em 11 minutos e além de continuar, percebo que ainda estou no controle -

Viu? Você não vai me fazer tanta falta assim.


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Paciência

"Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, vou na valsa
A vida é tão rara..."

Fica um pouco mais. Ainda podemos conversar. Quero saber sua cor favorita, que filme te faz chorar e quais as brincadeiras que gostava quando era criança. Anda dá tempo de você me contar com quantos anos aprendeu a gostar de música e qual banda te faz querer cantar. Eu espero que dê tempo de dizer que quem vive com pressa vive pelas metades. E olha, não há nada mais gratificante do que ser inteiro. Quero que saiba o valor do tempo e que ele não passa tão depressa quanto você imagina. 
Calma, não pula essa música ainda. Vai por mim, o disco é ótimo e não há necessidade de ouvir somente a que fez mais sucesso nas rádios. 

Eu espero que ainda dê tempo de te dizer o quanto cada nota é importante para formar uma música doce. Que dê tempo de dizer que se apaixonar leva tempo. Que dê tempo de dizer para olhar nos olhos. Fica mais um pouco, não adianta querer o suco sem antes esperar a fruta amadurecer.
Lembra quando Renato disse "...temos todo tempo do mundo"? Quero te lembrar do quanto ele estava certo. Todos os melhores sentimentos que conheci na vida me exigiram paciência. Sabe, eu levei alguns anos para entender o que é amor de verdade, o que a amizade pode representar e como faço minha parte para melhorar o mundo. Nós aguardamos muitos anos para sentir o que é ser adulto e mais algum tanto para observar a infância com outros olhos.



Eu espero que você não tenha pressa de morrer... então, me diz, pra quê ter pressa de viver?!
As pessoas mais inteligentes e bem sucedidas que conheço não se tornaram o que são do dia para a noite. Valorize mais cada momento. As coisas mais extraordinárias da vida estão nos pequenos detalhes. Um dia você vai olhar para trás, vai juntar todos os pequenos momentos e ver como eles te tornaram uma pessoa grandiosa. Lembre-se de que a vida é o que acontece enquanto você faz outros planos.

Ei, eu espero que ainda dê tempo de te dizer que para ser experiente leva muito tempo. E que ele também não passa tão devagar como por vezes temos a impressão. A fila do banco dura uma eternidade, não é? Pois eu espero que você transforme todos os bons momentos em filas de banco. Você vai aprender a observar e apreciar os sorrisos mais de perto. Ainda preciso te dizer para olhar começos e recomeços como oportunidades e não como perda de tempo. Aliás, perder tempo é uma ilusão tão grande quanto achar que ele pode parar. Vai por mim, você nunca perderá tempo. Tudo o que você faz com ele só te ensina cada vez mais sobre a vida.

Eu espero que ainda dê tempo de te dizer para não ter pressa. E também dizer para ter coragem e confiança... mas antes de tudo, por favor, paciência.

[p.s.: Te desejo sorte] 



sábado, 4 de abril de 2015

Voltei / 50 fatos sobre mim

Voltei!!! AEEEEE! \o/
Gente, tava com saudade daqui! Depois de meses sem postar e só escrevendo no meu bloquinho old school a caneta, cá estou eu voltando para o meu blog. 
Muitas coisas aconteceram nesse tempo e eu tenho muito material/projeto pra postar e muitos planos futuros para esse humilde blog. MEUS FÃS VÃO PIRAR (até porque são milhaares).


Enfim, pra essa volta eu preparei um post para me (re)apresentar melhor pra quem vem por aqui.
É O FAMOSO E VIRALMENTE VIRALIZADO "50 FATOS SOBRE MIM"!



Sim! Hoje vim contar 50 fatos sobre minha pessoa :)
Vamos lá:

1) Meu nome completo é Aline Tomaz Amaral
2) Eu nasci na cidade de Ipatinga/MG e vivi lá por 18 anos e 3 meses 
3) Atualmente moro em Belo Horizonte
4) Sou completamente apaixonada por cães e tenho mania de mexer com cachorro de rua
5) Tenho medo do escuro :(
6) Odeio verão/calor 
7) Sou formada no curso de Turismo pela UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto)
8) Morei 5 anos em Ouro Preto e foram os melhores anos da minha vida
9) Não tenho tatuagens mas pretendo ter pelo menos uma em breve
10) Sou viciada em vídeos do YouTube e se eu pudesse passaria o dia inteiro assistindo meus canais favoritos (não que eu já não tenha feito isso)
11) Amo ler e preciso ter sempre um livro na minha bolsa/cabeceira.
12) Nunca consegui ver uma série inteira (já tentei de tudo e sempre paro no meio)
13) Meu filme preferido é Forrest Gump 
14) Prefiro música nacional
15) Estudei por muito tempo mas ainda não sou fluente em Inglês (quem sabe um dia)
16) Amo escrever e tenho dois projetos de livros (EDITORAS ME ADD NO s2)
17) Como todo tipo de fruta mas não tenho uma preferida
18) Pratiquei natação por 15 anos da minha vida e sim, se eu tivesse escolhido poderia muito bem estar me preparando para as Olímpiadas :/
19) Minha "parte" da maquiagem preferida é o rímel e se tivesse eu comprava por litro.
20) Minha rede social preferida é o lastfm.com mas ninguém mais usa :(
21) Já fui viciada no twitter e ficava o dia inteiro escrevendo o que tava fazendo. Mas passou e hoje em dia eu nem uso tanto
22) Não entendo e não gosto de futebol 
23) Não gosto de nenhum jogo de azar. Odeio perder e sempre apelo haha
24) Amo música e se pudesse tomava banho de fone de ouvido
25) O programa que eu mais gostava na infância era "Mundo da Lua" que passava na Tv Cultura
26) Não tenho um melhor amigo(a) mas cada amigo meu sabe o seu valor pra mim
27) Tenho vontade de morar pelo menos 1 ano no Pará
28) Tenho vontade de morar pelo menos 1 ano no Paraná
29) Gosto de cozinhar e sei fazer bastante coisa mas morro de preguiça
30) Só tive 1 namorado 
31) Já participei de um grupo de "Drs da Alegria" e ganhei o "Nariz de Ouro" do grupo quando me formei na faculdade (saudades HAART!)
32) Meu livro preferido é "O Pequeno Príncipe" e recentemente comecei a colecionar edições diferentes dele
33) Amo bicicleta mas faz muito tempo que não ando :/
34) Fiz 1 semana do curso de Publicidade 
35) Só tenho 1 irmão e ele mora comigo atualmente
36) Sou viciada em cotonete
37) Tenho um alargador de 8mm que coloquei quando tinha 17 anos
38) Os anos mais memoráveis da minha vida até hoje foram 2009 e 2012
39) Quando eu era pequena já quis ser dentista, estilista e arquiteta
40) A parte do meu corpo que eu mais tenho vergonha são os meus pés
41) Amo esmaltes coloridos mas atualmente não uso por causa do meu trabalho :/
42) Sei fazer vários origamis e sou uma dobradora de papel compulsiva 
43) Tenho uma ótima memória olfativa e as vezes isso me deixa louca 
44) Me orgulho de ser ex-aluna de uma república linda de Ouro Preto (saudades Serena!)
45) Não sei o meu peso nem minha altura 
46) Só uso tênis e calça (você nunca me verá de short, saia, vestido ou rasteirinha)
47) Não sei tocar nenhum instrumento musical (mas já fiz aula de piano)
48) Tenho rinite e isso é o pesadelo que me acompanha todos os dias
49) Toda revista que eu pego sempre começo a ler pela última página
50) Tenho o sonho de alcançar muita gente com o que escrevo e sinto que um dia ele se realizará :)