sábado, 10 de maio de 2014

Amor em liquidação! Só que não.

A limitação é um dos problemas da humanidade. E a limitação dos sentimentos é o pior deles. 
Se você ama alguém, é só falar. Se não ama, fale também. A ordem de não limitar sentimentos não deve, veja bem, se limitar também. Aproveite que o dia das mães está chegando e não limite seu sentimento por ela. Não digo para comprar um presente caro, um Camaro ou a coleção completa de figurinhas da copa, só digo para falar que ama. Mães adoram ouvir essas coisas, e olha, eu garanto que é um presente e tanto. Elas tem um instinto além do qual supõe nossa vã filosofia. Mas se não puder falar, é bom agir. Um ato fala mais que um trilhão de palavras, vai por mim. Faça o jantar, um bilhete em forma de coração ou um cafuné. Eficiente é.

Já com os amigos, tente ao menos participar da "pelada" de fim de tarde para o qual foi convocado. Demonstre que se importa com coisas simples. Tenha o costume de telefonar para os que moram longe, já que com frequência você tem boas recordações. Visite os que moram perto, leve um bolo, um chocolate ou, como no caso da mãe, um carinho também pode servir. Faz um bem danado se permitir.

Quanto aos namorados, maridos e amantes de uma forma geral, deixe claro o que sente, o que essa relação tem que ser e até onde deve chegar. Limitar algumas demonstrações em relacionamentos é uma forma de desilusão tão óbvia que chega a me dar ânsia.

Mas tenta ver se não exagera, tudo bem? Não é porque a ordem é não limitar os sentimentos que você vai sair por aí falando que ama todo mundo e agindo como se amasse, aparentando uma coisa comum. Amor não precisa ser limitado, mas também não deve ser como imitação de coisas caras vendidas à liquidação na Avenida 25 de Março que causam polêmica. Porque "amor" pode até parecer, mas não é uma palavra polissêmica.


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